Saturday, January 19, 2013

Sinto
Distância de mim
Que vale matéria
nada...

Que vale?
Nada

Fecho os olhos
Voo

Até que o voo seja eterno

1 comment:

Luis Novais said...

PEDRA INFILOSOFAL

Vejo-a
despegando.
Dedo seco,
voz eterna:
“Vem comigo,
tenho máquina que buscas”

Queria máquina de não ser,
de não pensar,
de não sentir.
Máquina cria,
essa de não ser.

Vejo-a.
Seu dedo é caminho,
sua voz liberdade.
“Vem comigo,
Tenho máquina que buscas”.

Pudera ir:
voar sem pensar,
sentimento não sentido.
Livre de tudo,
livre de livre.
O seu cheiro é terra, vida;
sua voz é estar.
Mas apegam-me.
E quero máquina que o seja:
onde possa entrar,
de onde possa sair.
Cobarde!